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Planta AT-5 Californian

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PLANTA PARA CONSTRUÇÃO

Planta AT-5 Californian

Código: PLN AT5CALIF109

PLANTA PARA CONSTRUÇÃO - Em 2 folhas impressas em escala 100% (não é necessário ampliar ou reduzir)
AT-5 Californian -
Um asa baixa cuja história deixa todo mundo maluco por ele!

Tipo: Asa baixa, treinador básico e intermediário
Envergadura: 153 cm
Comprimento: 110 cm
Motor: Glow 40/55-2T ou elétrico equivalente
Canais de RC: 4
Trem de pouso: Convencional
Escala da planta: 100%
Nº de folhas: 2

AT-5 Californian

A verdadeira e estapafúrdia história de um avião que jamais existiu e cuja planta, agora revelada, passou décadas nos porões do Pentágono até ressurgir em uma espetacular versão como aeromodelo para motor glow 40 a 55, fácil de montar e excelente voar.

Simone Matoise
de D'Ivri, França, e
Isabel Moura de Valois
de Barcelona, Catalunha

Top secret! Estas eram as palavras gravadas na fonte do largo, gordo e empoeirado envelope que caiu sobre os pés do servente de pedreiro Juan Willian Mostardo quando ele deu a primeira picaretada para desmanchar um velho armário embutido numa saleta cheirando a mofo no 6º subsolo do Pentágono, o poderoso Departamento da Defesa dos Estados Unidos da América. O relógio digital coreano indicava no pulso do rapaz: 7:32 AM – Fryday – February – 20th – 1998. Ou seja, 7h32m da manhã do dia 20 de fevereiro de 1998, uma sexta feira.

Imigrante mexicano na ilegalidade, sub-contratado por uma firma de reparos de propriedade de um exilado cubano, Juan Willian tinha a missão de preparar a saleta para ser transformada em mais um banheiro exclusivo da Exma. Sra. Secretária do Estado, Marylane Tratonne. O jovem mexicano pulara a fronteira há menos de um mês e se fazia passar por surdo e mudo, posto que jamais pôde entender ou pronunciar uma só palavra em Inglês além de yes ou no. Para ele, top secret era o mesmo que coisa nenhuma. Chutou o envelopão para o lado e terminou de arrebentar o armário antes das 11 da manhã, quando parou para comer da marmita e fazer a siesta na penumbra do subterrâneo.

Juan Willian espreguiçou-se ao bocejo e notou que o tal envelopão lhe serviria muito bem como travesseiro. Fisgou o dito cujo com os dedos do pé direito e arrastou-o até alcançá-lo com a mão. Foi quando rasgou-se o velho papel, espalhando sobre a pança do rapaz uma profusão de desenhos. Alguns mostravam, sob diversas vistas, os perfis de um avião bonitinho, mais com jeito de brinquedo do que de coisa séria. “Interessante”, pensou o estrangeiro. Seu sobrinho de San Diego poderia gostar de colorir aqueles “dibujos”. Juan Willian reconheceu nas folhas algumas palavras próximas do léxico hispano-mexicano, de onde ele inferiu o nome do avIão: “South American AT-5 Californian”. Sobre elas, estava carimbada em vermelho e com letras maiúsculas a palavra REFUSED. “Foda-se”, traduziu Juan Willian. E mergulhou em sono.

NASCIDO PARA SOFRER O trem de pouso convencional do SA AT-5 foi projetado para suportar centenas de agressões ao solo do planeta; a fuselagem e a asa são fáceis de construir e, sobretudo, de serem consertadas

Acordou às 15 horas em ponto. Juntou a papelada sem qualquer ordem e jogou tudo numa caçamba de aço destinada a recolher o entulho gerado pela sua fervorosa picareta. Lembrou-se do sobrinho de San Diego, mas não teve saco para salvas os desenhos. Afinal, ele teria de trabalhar uns três anos seguidos se quisesse mesmo ter dinheiro para um mês de folga e uma viagem de Washington até a fronteira da Califórnia com o México. “Deixa p’ra lá”. Às 17 horas, soou a campainha no 6º subsolo do Pentágono.

Fim do expediente. Uma espécie de carriola elétrica arrancou-se na caçamba de entulhos para levá-la ao elevador de carga. Juan Willian aproveitou a carona para não ter de passar pelo sistema de segurança, onde a falta de documentos o obrigava sempre a ter de esperar pelo patrão cubano para ser liberado das catracas eletrônicas , sensores de metal, revistas de raio-X, câmeras de infravermelho e uma ladainha de senhas e códigos. Jogou-se na caçamba rumo ao térreo e deixou-se ficar nela para embarcar em seguida no caminhão que despejaria a sujeira em um aterro ilegal, porém invisível diante do brilho das propinas distribuídas à farta pelo patrão liberal. Na segunda-feira, Juan Willian faria o mesmo caminho para voltar ao trabalho.

Uma patrola espalhou o entulho recém-chegado antes mesmo do anoitecer naquele arrabalde quase nada diferente de outros tantos nas grandes cidades do mundo. De modo que, naquele terrão, tal como se vê em qualquer país civilizado, reuniam-se nos finais de semana duas dúzias de aeromodelistas.

Na alvorada do sábado, 21 de fevereiro de 1998, o primeiro piloto a desembarcar sua caixa de campo, um veterano de nome Nelson Gordon, teimoso e ranheta, avistou no terrão imundo aquela papelada espalhada na véspera e, a princípio, blasfemou contra os freqüentadores do lugar, mal-educados a ponto de não recolherem o papel higiênico usado para limpar os aeromodelos. Bastou, entretanto, uma lufada de vento para o conteúdo daquele lixo chegar mais perto dos seus olhos, cansados mas sempre atentos.

O veterano Nelson Gordon sufocou-se de espanto. Bateu forte no próprio peito para retomar a respiração. Suava frio. “Não é possível!”, gritou. “O projeto do SA AT-5 Californian veio parar aqui, bem debaixo do meu nariz, depois de 65 anos!” Atônito, zonzo, zureta e trançando as pernas, o piloto recolheu um a um todos os desenhos. Abriu sua cadeira de praia e sentou-se para colocá-los na mesma ordem na qual ele os havia posto no verão de 1933, quando foram enviados ao supremo comando das forças armadas dos Estados Unidos.

Péssimos tempos aqueles. O país estava mergulhado em profunda recessão econômica. Da Europa, vinham os sinais de mais uma grande guerra. O Japão não escondia sua vontade de ampliar o domínio no Oriente. O governo americano não podia deixar a situação social interna se agravar e investia em obras públicas e projetos estatais para remediar o desemprego brutal. Ao mesmo tempo, injetava recursos nas forças armadas esperando pelo pior. Era preciso formar uma enorme quantidade de bons pilotos militares. Para isso, convocou duas empresas concorrentes para disputar a construção de um avião de treinamento: a North American e a South American. A primeira apresentou o projeto que recebeu o código AT-6 (de Auxiliary Trainer); a segunda, ofereceu o AT-5.

Depois de meses de análises, os especialistas militares decidiram a favor o AT-6, que viria se tornar o treinador de maior sucesso em todo o mundo, com exemplares em boas condições voando até o final deste século. Quanto ao AT-5, concluíram que o avião simplesmente não seria capaz de voar. Seu projetista, Nelson Gordon, empunhou bravamente a régua de cálculo para provar o contrário, mas foi vencido pelo lobby da North American. Deprimido, o jovem engenheiro largou a profissão e voltou para a fazenda dos pais em Utah, onde passou as décadas seguintes vendo crescer plantações de amendoim.

Vez por outra, nos momentos de mais intensa melancolia. Nelson pegava uma lâmina de barbear e nela fixava o olhar em busca de coragem para cortar o pulso. O instinto, porém, nessas ocasiões, sempre o conduzia na direção oposta. A lâmina se transformava em ferramenta com a qual ele construía minúsculos aviões a partir de palitos e caixas de fósforo. Eram tão pequenos e leves que podiam voar dentro de um balde, protegidos do vento. “Está cada vez mais louco”, diziam os vizinhos quando o viam sussurrando para dentro do balde. Na verdade, o ar de seus pulmões servia para formar correntes no interior do recipiente e, assim, manter e controlar o voo de um infinitesimal avião. Tão pequeno que só ele podia enxergar. “Esta mesmo doido”, sacramentavam os parentes.

Mal sabiam que o balde era o espaço aéreo, o campo de provas e o túnel de vento em que Nelson testava à exaustão todas as características do rejeitado SA AT-5. “Voa, sim. E muito bem!”, falava em voz alta para si mesmo. E quanto mais se convencia, mais era tido como doido. Envelheceu e ficou só. Restou-lhe apenas convicção de que o SA AT-5 era tão bom quanto seu rival e, se construído em escala reduzida, era muito melhor. Voava com mais suavidade; era mais manobrável; muito mais robusto; tinha baixa velocidade de estol. Enfim, era o treinador perfeito.

Passados 50 anos, o SA AT-5 seria o grande responsável pelo fim do isolamento do frustrado projetista. Vagando pelas estradas de Utah, ele viu um grupo de garotos às voltas com um aeromodelo que se recusava a decolar. Parou para apreciar o debate em torno das causas do problema e se meteu na conversa. Deu palpites. Mexeu aqui, desempenou o profundor, deslocou o motor um pouco mais para frente e disse: “Podem dar a partida. Agora ele vai decolar tão fácil quanto um santo sobe ao Céu”. Dito e feito. Perfeito!

Pela primeira vez em 50 anos as idéias do engenheiro voltaram a transitar entre a mente e a realidade. “Aqueles sabichões não quiseram meu avião, mas esses garotos certamente vão gostar dele”. E pela primeira vez em 50 anos ele retirou da memória o projeto do SA AT-5 para colocá-lo novamente no papel, não para treinar pilotos de guerra, mas como aeromodelo para treinar pilotos da paz.

O artigo aqui apresentado é uma ficção inspirada no artigo técnico de Jean Gragier, o verdadeiro projetista do aeromodelo SA AT-5, publicado na revista Le Modele Réduit d´Avion, edição nº 706, outubro/98.
 

Desempenho em voo

O AT-5 se dá muito bem com um motor de 0,46 pol3, sobrando potência para manobrar com ousadia ou para livrar o modelo de um desastre quando pilotado por um novato. O avião da foto está equipado com um O.S. 46 SF-H, para helicópteros, pelo simples motivo de que o construtor não tinha outro motor disponível. Como todo avião com trem convencional, é preciso “segurar” a cauda com o leme e o profundor ao se iniciar a corrida para decolagem. Em poucos metros, porém, a trajetória fica firme e o piloto pode “afrouxar” os comandos. O avião sobe com suavidade com um leve toque no profundor.

A deflexão das superfícies de comando pode ser regulada ao gosto do piloto. O modelo aceita com naturalidade tantos comandos muito acentuados (para acrobacias) ou muito suaves (para treinamento básico). O estilo Anos 30 do avião combina com sua capacidade de voar “em Escala”, macio, desde que os comandos não sejam exagerados. O looping é bem arredondado e realista, assim como o tonneau. Neste caso, é preciso conjugar o comando de ailerons com o de leme. Talvez um motor de 4 tempos e cilindrada entre 0,50 a 0,70 pol3 melhore ainda mais o realismo. O trem de pouso suporta facilmente o treinamento de touch and go. A aterrissagem não tem segredos. Basta fazer a aproximação com uma pitada de motor acima da marcha lenta, segurando-se o nariz levemente empinado. A velocidade de estol é baixa, de modo que o modelo não precisa de uma pista.


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